por João Pede Feijão
do Movimento Panamby

cada um no seu quadrado
Ontem rolou no saguão do R.u. uma reunião ampliada, chamada pelo DCE para, supostamente, construir coletivamente a Semana do calouro 2009/1. Esta reunião não era deliberativa, pois a decisão já havia sido tomada numa reunião anterior. A dita cuja decisão é justamente a razão que me faz pensar nas “verdadeiras intenções” do Diretorio Central de Estudantes.
Na reunião, realizada semana passada, na sede do Diretório Central, ficou deliberado que cada entidade ou grupo específico ficaria “no seu quadrado”. Isso porque o DCE coloca em xeque a atuação política dos grupos e/ou entidades que tem seus projetos financiados com dinheiro público (ou como costumam afirmar, como os paladinos da lisura, “dinheiro da reitoria”). Eles preferem a chamada independência, ou seja, financiarem seus projetos com os próprios cofres.
Mas por trás desta retórica pseudo-política o que acontece é que os cofres do DCE só são possiveis por força do pagamento de aluguel das cantinas, que a propósito são irregulares e não pagam água nem luz. Depois, que o próprio DCE não paga nem água nem luz, nem construiu a própria sede ou coisa que o valha. Não que eu ache isso absurdo, mas o que torna a realidade absurda é essa distancia que, no geral, o movimento estudantil teima em dar entre disrcurso e prática. Ou seja tenho a sensação que não basta sonhar, mas é preciso acreditar no sonho a um limite esquizofrênico, onde o sujeito encorpora o mártir dos tempos áureos do movimento estudantil e se acredita para além do que se é; ignora o que come, como se locomove, como se sustenta. E isso é grave. É grave porque é sem duvida a razão do engessamento das discussões políticas no ambito das universidades. A medida que o sujeito não admite sua condição, não pode agir politicamente, porque não age do seu lugar e sim de um lugar inventado, que nem chega a ser utopia, pois mais me parece um transtorno mental, ou uma rachadura no córtex. Isso é resistir de dentro poço. É esvaziar o caráter político da ação em locus.

vocês não entendem nada...
Outra fantasia que surge sempre nessas discussões é a certeza de que um projeto finaciado e propriciado por verba pública tem sua autonomia retirada. No fundo quem acredita nisso já está vendido e não consegue ver que finaciamento possibilita ações transformadoras. Não consegue ver que dinheiro, dentro do mundo capitalista, é quase o único meio de possibilitar qualquer ação. Confundir meio com fim. Ou acreditar que o meio é um fim denuncia que os que atacam o capitalismo são os que mais se encontram enterrados nele. Não conseguem agir estratégicamente. Não conseguem perceber o fator humano indomável que sistema nenhum é capaz de afetar, essa incrível capacidade nômade de dizer não a quem nos pretende comprar.
Só existe politicagem com dinheiro público graças a alienação desses movimentos que não conseguem pautar a boa utilização de recursos, porque ainda esperam que um santo ocupe a posição de poder. Há nisso uma clara dependência preguiçosa. Precisamos de uma radicalização da democracia, onde as pessoas arranquem a bunda da cadeira para de fato construir-mos um tal mundo novo.
E os mais engraçado é ouvir de um dos integrantes que o DCE é o grupo com “conteúdo político”. Engraçado nada, na verdade não tem graça nenhuma. Acerca das “verdadeiras intenções do DCE”, que não são nem um pouco misteriosas, eles só querem massagem no ego, sombra e água fresca, mas diante do contexto geral, nada de novo sob o sol.
O correto é financiamento,por favor!
hohohohohohhoohohohohohohohhoho
A UNE é uma entidade exemplar né caro pé de feijão…
Somos independentes servimos aos estudantes não a reitoria,por favor… quanta mediocridade…
Pois é;
Caros colegas de faculdade concordo com o que esta escrito;
esses integrantes do DCE vivem na triste hipocrisia de julgarem-se IDEPENDENTES a forma como eles agem e discursam são contraditórias.
Estão agindo como alguns adolescente que se julgam independentes e ainda moram debaixo do teto dos pais recebendo sua mesada todo mês; sim porque, eles querendo ou não quem banca o DCE é a reitoria.
Só não vê quem não quer ver.
Grato.
aluno inconformado da UFMT.
Já q tem moderação…
só pra avisar, o e-mail é valido.
prefiro comentar assim, se por um motivo ou outro não
for possivel aceitar meu comentário, por favor mandem
um e-mail dizendo.
Grato.
aluno inconformado da UFMT.
Oculto, no minimo é do PANAMBY ou UJS,Grato!
no minimo o comunista é o LEHU… comunista que mora com a mãe dentro de uma fortaleza, com muros de tres metros de altura e que nunca foi a uma periferia a não ser para… bom nem é preciso dizer o que os playboys vão buscar quando descem com seus carrinhos nas periferias… belo comunista.
e acerca da UNE camarada, gostaria de frisar que as instituições representantivas precisam ser alteradas… mas garanto que o movimento de contra que vcs fazem no minimo almeja ocupar a majoritária pra serem igualmente “despostas”… as estruturas sociais devem ser alteradas e isso só ocorrerá quando mudarmos nossas ações no cotidiano. A une não nos justifica, apesar de ser a única instituição que temos com reconhecimento social…
e vc da OCT ou DCE. rs
se liga comunista, vc só fala bosta. não consegue propor nada de útil, se estivesse a frente, ou fizesse parte, de algum trabalho interessante diria seu nome, apareceria em debates não virtuais. se liga
vc não tem legitimidade pra falar nada
vai trabalhar menino!
Entra ano, sai ano, sempre os mesmos planos (do DCE)!
Disussões sem o minimo de propósito, aliás, com proposições inequiveis, é o que o DCE faz a anos! Julga-se o mais correto e independente de todas as outras atuações politicas na UFMT. Mas o fato, é que nada conseguem além de reuniões, reuniões e viagens com os onibus da UF para encontros da UNE. Discutem, discutem e não fazem nada.
A tão sonhada revolução leninista proposta por esses comunistas de botiques jamais será possivel nesses moldes de “independencia”.
Tenha dó comarada comunista! o DCE não serve a ninguem, talvez nem mesmo aqueles que estão ali dentro, pois andam em circulos a anos. Não se abrem para debate algum, estão engessados e continuarão assim, pois se negam a debater de forma adulta, (pq não se não vão se vender ¬¬).
Comédia esse DCE gurizada! Fadado ao fracasso!
Fernanda Quevedo
7º Sem. Serviço Social
CUFA – Central Unica das Favelas
ahshhahahahshashahhahshahsahs
CUFA????
Pra que serve o panamby????
Esse movimento é pura alienação,meu filhos se vcs entende-se um minimo das propostas do DCE não falariam tantas atrocidades,lutamos pela base,não em reuniões com reitores,não estamos na universidade pra ficar mamando nas tetas da reitoria, e sim lutar por uma educação de qualidade,e quando a reitoria chama vcs vão igual um cachorrinho sem dono…
Não sou o camarada LEHU…
nem vou ficar debatendo com meia duzias de pessoas que visitam esse site mensalmente….
Camarada (rs) comunista,
Por quais bases voçes lutam? Aquela meia duzia de pessoas que vão nas reuniões do DCE reivindicar uma universidade publica, gratuita e de qualidade sem alguma prosposta?
Voçes lutam pela base, com quem, contra quem, já que se negam ao debate com quem quer que seja? Como acham que vão conseguir uma universidade de qualidade sem o minimo de ação?
O Movimento Panamby, não é um movimento de alienados, tampouco de cahorrinhos, mas um movimento que pensa, que age, que propõe debates com os estudantes (o ultimo 24 h ta ai para comprovar), com a Reitoria, com outros movimentos sociais de dentro e fora da universidade.
Não se trata de mamar nas tetas, mas de propor soluções exequiveis, e isso camarada só pode ser feito com enfrentamento, com a mão na massa, com dialogo franco e adulto, e não com pseudonimos.
camarada, cumpadi, lehu, tanto faz…quem esconde rosto é nego culpado se fazendo de coitado. quem não deveria entrar no debate sou eu, que perco meu tempo argumentando com quem nem culhões tem para colocar seu proprio nome…seja homem e se assuma.
mas em respeito aos que lêem o blog (só nos ultimos três dias, após o texto do joão pede feijão ter sido colocado na rede, já recebemos mais de 300 visitas), colocarei meu posicionamento, e deixarei meu email disponivel para quem quiser discutir comigo.
não se luta por uma educação de verdade somente dentro dos muros da ufmt. lutar pelas bases é lutar junto com aqueles que não não tiveram a mesma chance que eu tive de estar numa universdidade ou que simplismente preferem a ignorar, justamente por verem que aqueles que se dizem lideres e representantes não conseguem sair da teoria antiga e engessada, não conseguem olhar nada além do proprio umbigo. lutar pelas bases é levar o que consigo desenvolver dentro da ufmt para além dos portões da propria, e trocar experiencias com essas pessoas que cursam a faculdade do dia-a-dia.
prefiro muito mais estar junto com os movimentos sociais, a cufa por exemplo, do que lutar junto com quem acha que se trabalhar com arte-educação é festinha e oba-oba. prefiro muito mais trabalhar com pessoas honestas, que assumem discursos, e encaram o corpo a corpo para tentar mudar nossas realidades.
pessoas que nada fazem alem de seminarios não me interessam nem um pouco. alias, eu gostaria muito de saber quais são os projetos do dce para se ter uma educação melhor? quais foram a decisões praticas tiradas após o seminario “A descoberta do petróleo em tempos de crise do capital: qual o papel da classe trabalhadora?” ?? qual o papel o dce assumiu sobre isso?
essa semana, neste blog, será publicado o balanço do 24h de cultura 2008 e ai podemos fazer a analise de quem está realmente trabalhando junto a base.
e besta é quem acha que se utilizar das ferramentas que a ufmt e sua adm oferecem, é “mamar nas tetas”. não faço mais do que minha obrigação tentando socializar aquilo que a reitoria deve nos oferecer. é direto meu como aluno e cidadão usufruir ao maximo da maquina com consciencia e usar o que me é oferercido da maneira mais democrática possivel! besta é quem acha que ser independente é apenas se posicionar sempre contra qqr decisão vinda da administração.
e sinceramente, é só analisarmos a maneira como vc se posiciona em seus cometarios, comunista, dando risadinhas e se baseando em “achismos” para sabermos que não passa de um umbiguista, mimado, que não faz nada além de ficar falando, falando e falando…
vitor torres
estudante do 7° semestre de COS
membro da Agência Laboratório (responsavel por esse blog)
Membro do Movimento Panamby
e pessoalmente oposicionista assumido a gestão “Não vou me Adaptar” do Diretório Central dos Estudantes.
panambyemcurvas@gmail.com
A prática é o critério da verdade!Se os estudantes votaram por um DCE-LIVRE! Dos partidos do governo e da reitoria o DCE tem legitimidade para fazer a semana do calouro da forma como achar melhor.Na verdade a UJS-Pannamby pode fazer a semana do calouro que já esta programada entre vocês a reitoria e secretarias de cultura do estado e já anunciada secretaria de juventude da prefeitura.É do progressista prefeito que aumentou o Passe-livre,quiz privatizar a sanecap e aumentar o IPTU.
Ou pela reitoria que já anunciou o aumento do RU,e até expulsaram vocÊs do centro cultural.
A gente na boa. Ninguém vai convençer ninguém. E estão todos convidados e virem visistar o meus castelo,burguês no mundo mágico de ÓS. Como sempre a semana do calouro da reitoria(Pannamby UJS) vai aconteçer assim como a do DCE.
Que a unidade se dÊ las lutas concretas é só essa nossa obrigação.
Bom, é incrível como as pessoas se negam a entender o que está posto em discussão e apelar para “vcs do panamby /ujs são vendidos a reitoria”.
1. O Panamby é uma coisa, UJS outra, CUFA outra, não confundam saco de preto com beringela.
2. Quem paga mais a quem? porque se somos vendidos alguém tá comprando, e nesse caso a reitoria está comprando com o que? dinheiro pra quem? se não me engano o panamby foi o coletivo que mais apresentou argumentos contra a proibição do uso dos espaços públicos, se não me engano, o 24h não teve verba da reitoria e se não me engano, somos nós os primeiros a dizer pra todos o que queremos com o nosso trampo, quem ainda não sabe das nossas ações acho que é miope.
3. com esse debate todo, uma coisa me comove: vcs conseguiram dar ao Panamby uma força que não tinhamos, poruqe não consegue nos isolar do debate. Infelizmente, o movimento estudantil, o DCE perdeu a capacidade de enxergar o mundo real, das manifestações cotidianas.
4. Não misturem Panamby com a UJS com DCE, com CAS, forças políticas distintas, nós assim reconhecmeos vcs, aprendam que forças se juntam por ações estratégicas, por acharem que para determinada ação é preciso somar. Se o DCE quiser somar só tem a ganhar, força de trabalho, de vontade de fazer. Enquanto vcs debatem o FMI, nós estamos nas comunidades trabalhando com feira, com trocas, experimentando realidades. ou seja estamos onde estiver espaço.
5. Não sejam tolos de achar que dinheiro público não devem financiar ações que são para o público, ações como a semana do calouro, que tem como meta a participação de todos, o dinheiro público deve vir pra isso, afinal, pra que é que tem uma verba chamada auxilio evento, e todos podem disputar com seus projetos? bom, até quando vcs vão achar que dinheiro público é sujo…engraçado é que na hora de pagar um curso em universidade particular para o filho e deduzir as despesas do imposto de renda e deixar de pagar esse valor de imposto, isso não é se apropriar de dinheiro público, apenas manter aquilo que é meu por fruto do meu trabalho…. engraçado as contradições…mas enfim vivemos nas contradições…tomar cocacola e lutar contra as multinacionais, tomar café brsileiro e lutar contra as multinacionais…Pergunta: quem de vocês tem um jardim e plantam seus alimentos? quem de vocês reciclam roupas, quem de vocês sobrevivem com uma misera bolsa estudantil?
Pra mim, tudo isso é contra por ser contra, sem proposito, qual é o proposito de vocês, apontem uma critica bem fundamentada, mostrem as ações do DCE.
Gurizada, deixa de vaidades…deixem de bater no peito e dizer nós ganhamos e temos o direito de representar quem no elegeu…papo mais governista fundamentalista, como se as pessoas os tivessem elegidos para não fazerem a semana do calouro conjunta, no que se fundamenta esse não, em um argumento que é vcs são vendidos a reitoria. Vamos pra uma reunião com a reitoria todo mundo junto e vamos ver quem não mantem palavra, quem de nós não defende o que acredita, sem melindres, porque que sabe o que quer tem proposta para contrapor. que ideia de semana do calouro vcs tem? o que vcs acham que as pessoas que ingressam no vestibular querem saber? vocês acham que filmes de panfletários e revolucionários mudam a vida de alguem? pensem na história de vcs, o que faz de vocês humanos são as experiencias vivenciadas, as marcas dos corpos de vcs vem do mundo em que vivem e vcs não vivem a revolução, vcs não tem dimensão da vida cotidiana…são meninos tutelados e irresponsáveis com seus gestos e ações, porque não sabem quais as consequencias. não sabem onde estão as implicações do que dizem, as consequencias…não são leituras distintas que temos, no fundo vocês não sabem porque não trabalham conosco, porque se vocês realmente estão convictos que somos corruptos e a reitoria nos compra com dinheiro publico pra fins privados, provem e denunciem no ministério público, levam as ultimas consequencias as suas convicções e palavras, não sejam levianos.
Respeito cada pessoa do DCE enquanto seres humanos que são, não sou leviana com vocês, nunca serei, o DCE é o DCE, tem sua legitimidade. Mas enquanto coletivos distintos temos a legitimidade de sermos contrarios as decisões de vocês. e assim caminha a humanidade….
UJS/PANAMBY/UNE/CUFA DIFERENTES COM PRATICAS IGUAIS,QUE É VIVER DE DINHEIRO PÚBLICO,FINANCIADA POR TROCA DE FAVORES…..
QUANTOS DIREITOS ESTUDANTIS CUSTA UM FAVORECIMENTO COMO UMA VIAGEM OU UM EVENTO?
SÓ NÃO VENDEM A ALMA PQ NÃO A POSSUEM MAIS….
Quem não pode com a formiga não assanha o formigueiro!
Publicado em Dezembro 3, 2008 por DCE UFMT
“Outra fantasia que surge sempre nessas discussões é a certeza de que um projeto financiado e propiciado por verba pública tem sua autonomia retirada.” Esta é uma das frases do artigo que o estudante de Filosofia João Pede Feijão publicou no blog do Movimento Panamby. O assunto é a reunião ampliada convocada pelo DCE para discutir a Semana do Calouro 2009/1, e o financiamento desta pela reitoria ou pela prefeitura. O texto trata o DCE e suas atividades como uma “dependência preguiçosa”. A resposta segue abaixo:
Contextualizando
A reunião ampliada realmente foi convocada pelo DCE para receber propostas dos Centros Acadêmicos – únicas entidades com as quais o Diretório tem obrigação de construir atividades. Esta aconteceu no saguão do R.U, à noite, pois o espaço físico do DCE está em reforma. O assunto, como diz o texto, realmente já havia sido debatido na reunião da entidade. Como qualquer outro assunto que será exposto para os CA’s e estudantes em outros momentos, o DCE faz uma proposta que levará e sustentará nas discussões. Nada terrível demais.
Infelizmente, há uma inversão de fatos. João diz que a reunião não era deliberativa, pois o DCE já havia tomado a decisão de não realizar parcerias com o Panamby e a UJS (grupos que se ofereceram) por uma série de motivos. Mas isso não estava na pauta da reunião, entregue a cada CA via ofício. A intenção era elaborar uma programação voltada ao estudante para inseri-lo no contexto da Universidade Pública. Quem chegou com uma programação pronta, na verdade, foram estes que tanto se revoltaram. Programação esta, com a estimativa de gasto de R$ 10 mil, com O Teatro Mágico (nada contra a banda, mas sabemos que eles não cobram só a passagem até aqui).
O DCE foi procurado anteriormente pelo Panamby e a UJS e suas propostas foram feitas e discutidas em reunião, a grana viria da reitoria e das secretarias de cultura da prefeitura. O conteúdo político, que é o que mais interessa, era inexistente. Nada além de discussões superficiais que fariam o calouro pensar que tudo está indo a mil maravilhas, sendo que seus veteranos conhecem bem a realidade.
Por que não?
A decisão do DCE foi ser contrária a esta proposta, pois a intenção era trazer ao calouro um panorama do que é a Universidade Pública hoje, a falta de investimentos e suas maiores dificuldades. E assim, instigar no calouro um sentimento de indignação e vontade de mudar a situação, coisa que muito falta na grande maioria dos estudantes. Além de honrar o programa que nos elegeu, o DCE tem alguns motivos claros para não realizar atividades com estes grupos. Fomos eleitos dizendo que o DCE iria ser independente dos partidos, do governo e da reitoria, e pretendemos cumprir a nosso programa.
Dizíamos em sala de aula que quem paga banda escolhe a música, não é? Temos que pontuar algumas coisas como: assistência estudantil, bolsas de estudo, auxílios para eventos, reivindicações por melhores estruturas, mais verba para bolsas permanência etc. Isto é diferente de “receber” grana da reitoria para realizar eventos da entidade. O DCE, quando leva uma demanda para a reitoria, não vai a interesse próprio e sim de toda base que ele representa. Não pedimos nada, nos mobilizamos, pressionamos e exigimos que nossos direitos sejam cumpridos.
De verdade, quem são eles?
Estes grupos bem sabem (e na prática) que depender de órgãos públicos afeta sim a autonomia, por isso foram expulsos do Centro Cultural. Ou não tiveram que escrever textos “contra” a reitoria com a mesma raiva que agora despejam sobre o DCE? E vamos colocar os pingos nos “is”, quando nos referimos a independência financeira e logo política, nos colocamos na completa autonomia de poder lutar contra as medidas do Estado, da reitoria, da prefeitura, ou de qualquer instituição que ataque a Universidade e a Educação Públicas, sem ter o “RABO” preso. Na administração Speller vimos vários ataques às demandas dos estudantes, como falta de ônibus para eventos estudantis; cerceamento do espaço para festas e alojamento (e neste momento o DCE existia e era importante para o Panamby, que tinha medo de perder “seus” espaços) dentro do campus; ampliação das medidas de terceirizações; e privatizações. Aprovou o decreto REUNI sem discussão de maneira arbitrária e anti-democrática. E qual foi o papel do DCE sob estes ataques? Mobilizamos os estudantes, centros acadêmicos, fizemos debates, atos e ocupamos a reitoria em vários momentos, e com isso conseguimos vitórias concretas para o movimento estudantil da universidade.
E qual foi o papel do Panamby neste processo? Além de construir o 24h de Cultura, festinhas, ou de ficar no gabinete da antiga PRO-VIVAS? Não participaram, não mobilizaram e pelo contrário, muitas vezes ficaram favoráveis as ações da reitoria contra o interesse dos estudantes. Mas é claro! Como ir contra os interesses da reitoria se ela paga a banda (literalmente) de todas as atividades do “Movimento”. E há certas lendas que dizem que tem gente ali no referido movimento que vive disso.
E a UJS? Que faz parte da direção majoritária da UNE – braço estudantil do governo Lula. Ah! O Panamby viu neles o aliado que precisavam, porque a UJS sempre defendeu as políticas da reitoria e no último processo eleitoral eles não esconderam isso (nem o Panamby). Aliam a fome com a vontade de comer, ou “mamar” dos interesses obscuros da juventude do PCdoB que defende o projeto de reforma universitária do governo Lula, projeto este, tão rechaçado por todo conjunto do movimento da educação combativo (professores, técnicos e estudantes). Foram favoráveis a aprovação do REUNI, não participaram das lutas de 2007 e por isso foram mais uma vez, tanto a UJS como o Panamby, reprovados pela maioria dos estudantes.
Eles votaram 45!
O envolvimento destes grupos que hoje ousam atacar o DCE com a reitoria não é nada perto de sua relação com a prefeitura municipal de Cuiabá. O movimento estudantil deve se lembrar das mobilizações do passe-livre. Vários estudantes perseguidos, presos, vários direitos feridos, mas os “nobres” defensores ou “bezerros” do dinheiro público não tiveram dúvidas em apoiar a candidatura de Wilson Santos, é! Até bandas ligadas a toda essa “rede” cultural fazendo campanha para o Tucano. Para esses grupos, nós do DCE somos atrasados e autoritários, porém autoritarismo na prática são as ações que a reitoria, a prefeitura e o
Estado fazem.
Mesmo assim, Não vamos nos adaptar!
O nome de nossa gestão “Não vou me adaptar”, que foi a chapa que derrotou o projeto UJS-Panamby, é sobre isso que nós estávamos falando. Não vamos nos adaptar aos ataques da reitoria, do governo e nem da prefeitura. Não vamos receber dinheiro deles para financiar nossas atividades, pois isso faz parte do processo de adaptação. É fácil dizer que utiliza dinheiro público para o “beneficio” coletivo, quando na verdade compactuam com ataques ao coletivo. Ou a privatização da universidade pública beneficia o coletivo, ou pagar uma tarifa alta de transporte beneficia o coletivo?
Mas nós não vamos deixar de lutar por mais verbas para assistência estudantil, reformas dos espaços públicos da universidade. Por mais bibliotecas, laboratórios, ampliação das bolsas, construção da creche universitária, manutenção do preço do RU e sua ampliação.
Somos a mesma juventude, de 1968 a 2008!
“Romper as barreiras da burocracia para construir um novo movimento estudantil”
DCE-UFMT Gestão: “Não vou me adaptar”
Construindo a UNE na luta e pela base, oposição à majoritária
Quem não pode com a formiga não assanha o formigueiro!
Compartilho com a posição de que a mobilização estudantil não deve ser financiada pela reitoria.
Não há liberdade onde não há liberdade econômica. Se uma criança, uma mulher, um homem, uma instituição não tem liberdade econômica, nenhum deles terá liberdade.
O movimento Sindical e todos os Movimentos Sociais não devem ser financiados pelas instituições patronais. No caso, a instituição patronal nas Universidades é a reitoria.
Os Sindicatos não devem receber dinheiro de Imposto Sindical. Os movimetos sociais não devem receber dinheiro de governos (municipais, estaduais e federais).
A liberdade tem preço. Todas as tentativas de mudanças sociais com dinheiro dos patrões (incluindo os movimentos estudantis) não deram em nada.
Um evento com dinheiro dos patrões (no caso reitoria) rebaixa o programa de ação direta dos estudantes nas Universidades Públicas.
Com todo o carinho aos participantes do Movimento Panamby. A importância da cultura nas Universidades Públicas não se discute: é fundamental e o trabalho pelo Panamby é muito importante. Mas uma cultura descolada da mudança social, descolada de um modelo de Estado que beneficie os Trabalhadores, é uma cultura que não nos serve e só favorece as reitorias, favorece a privatização da Universidades Públicas, favorece o modelo capitalista de exploração.
Um grande abraço aos participantes do Movimento Panamby. Apenas uma análise para reflexão. Nada mais.
Pedro Aparecido de Souza
pedroaparecido@pedroaparecido.com.br
05.12.2008
Trabalhador no Serviço Público
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eh isso ae dce to junto cocês! naum tah com nada esse negocio de dinheiro publico eh crime. axo q vcs deviam sair da universidade publica e ir pra privada q eh de onde nunca deviam ter saido.. pq universidade publica eh paga com dinheiro publico.. vcs deviam comer em outro restaurante pq o ru eh pago com o dinheiro sujo do lula e da reitoria.. vcs deviam tbm perder os beneficios do passe livre pq ele eh pago com o dinheiro sujo e corrupto da prefeitura.. isso q eh ser independente… viva o liberalismo!!
Gente, eu acho que o debate descambou pro ‘formigas, vamos comer essas borboletas vivas! elas discordam de nós!’ do que pro ‘vamos pensar melhor nas coisas que a gente fala e vamos definir melhor uns conceitos’.
Caros do DCE,
Vocês devem pensar o que é um projeto político antes de dizeram que vocês tem um e o Panamby não tem. Já que nós usamos o dinheiro o público, vocês não?
Insisto em perguntar: quem paga a conta de luz e de água da sede do DCE, quem limpa a sala e quem está bancando a reforma? Insisto, pq é o mesmo que temos aqui dentro (menos a limpeza, fazemos questão de limparmos nossa sala, assim como limpamos nossas casas) e se isso ‘compra’ nossa autonomia certamente também compra a de vocês. Ou existem dois pesos e duas medidas: uma para o umbigo de vocês e outra para nosso trabalho?
Já ouvimos algumas vezes membros desse nobre diretório chamando cultura de oba-oba. Uma posição (para não dizer uma ingnorância) bastante complicada para quem se propõe a pensar na universidade pública e num mundo diferente. Não reconhecer a cultura como forma de transformação social (aquela que vocês tanto falam) é não reconhecer que a educação vai além das salas de aula e transborda nas ações cotidianas e vivências diárias.
E é claro, acima de tudo vocês nunca vão se adaptar, e eu imagino que isso significa nunca tentar mudar a realidade que está em volta de vocês. Ou é muito difícil olhar para os lados? Ou é muito difícil ouvir o outro lado?
Parece difícil, quando postamos esse tópico, possibilitamos que vocês respondessem a eles. Eu, pessoalmente aprovei todos os comentários (exceto um que não trazia nada ao debate). Mas vocês não aprovaram nossos comentários. Não dissemos nada que agradasse vocês? É assim que funciona? Só pode falar quem concorda? Só pode participar quem não fala?
Outra pergunta importante: Quais são mesmo os projetos de vocês? Ou que mesmo que as 33 pessoas dessa chapa fazem? Pq parace que a única função do DCE é provocar o debate (se dá pra chamar assim). Promover projetos (e isso pode ser sinônimo de trabalhar) e ações construtivas não parece bem ser o forte em voces.
DCE, se é esse tipo de debate que vocês querem alimentar, ele só serve pra mostrar o quanto é vazio esse tal projeto político “independente” de vocês.
Talyta Singer
movimento panamby
Caro Pedro,
Sobre os seus argumentos,quero propor uma reflexão para gerar entendimentos.
1. “O movimento Sindical e todos os Movimentos Sociais não devem ser financiados pelas instituições patronais. No caso, a instituição patronal nas Universidades é a reitoria. Os Sindicatos não devem receber dinheiro de Imposto Sindical. Os movimetos sociais não devem receber dinheiro de governos (municipais, estaduais e federais)”
primeiro o que é uma instituição patronal? entendendo o que vc diz, é assim; uma instituição patronal é aquela que é formada por patrões, patrão é uma pessoa que exerce sobre outro uma relação de subordinação, numa relação de propriedade, um que detem a propriedade de algo e através desse bem exerce sobre outros essa subordinação, essa dependencia.
Não consigo entender como os governos conseguem ser patroes de movimentos e no caso bem especificos de movimentos que trabalham com produção cultural e querem garantir o acesso a produção e fluição cultural, para isso se organizam e produzem eventos, projetos e materializam na execução de projetos que são elaborados e executados por estudantes, que reivindicam o investimento de dinheiro publico em projetos culturais com o fim já citado. É função do poder público investir nisso, por isso se criou editais, leis de incentivo e no caso da ufmt uma rubrica para atividades estudantis e extensinistas, para se investir nisso. (e diga-se de passagem isso é conquista de direitos, financiar projetos culturais, porque senão voc~e teria acesso somente ao que o estado produz e não as manifestações do povo, dos artistas, projetos de um coletivo de artista que querem financiamento é justamente pra tirar dos governos a exclusividade de realização de eventos, de possibilitar que pessoas possam manifestar-se sem que pra isso façam parte de um governo, é descentralizar recursos é fazer com que todos nós possamos executar nossos projetos) Aí vc tem, gestores públicos eleitos para gerir esse recurso e investi-los naquilo que está de acordo com o programa, os principios. Um projeto é apresentado, julgado, e se investe nele, pela relevancia, e quem dera se o poder publico financiasse todos os projetos culturais e extensinistas.
Pra mim, a UFMT, tem a obrigação em investir em projetos extensinistas, em projetos estudantis. Assim como tem a obrigação de investir na pesquisa, no ensino, na assistência estudantil. É dever do estado, promover o acesso a bens culturais, incentivar a produção cultural, artistica, cientifica e tecnologica, sem cercear as manifestações seja pela proibição de uso de espaços, recusa em aceitar projetos, etc…
2.”Mas uma cultura descolada da mudança social, descolada de um modelo de Estado que beneficie os Trabalhadores, é uma cultura que não nos serve e só favorece as reitorias, favorece a privatização da Universidades Públicas, favorece o modelo capitalista de exploração”
Qual mudança vc está falando? qual modelo de estado que irá beneficiar um dia os trabalhadores? pra mim, e isso com todo respeito, o que muda as relações são nossas ações cotidianas, da gente trabalhar com a troca, com a cooperação. Você acha mesmo, que uma Semana do Calouro, elabora conjuntamente com todos estudantes, com ideias de todos, se nós fizermos um projeto único e apresentarmos um cronograma de atividades que contemplem intervenções ambientais, que contemple seminários sobre os modelos de exploração capitalista, que contemple debates sobre o REUNI, que contemple um jogo de identificação de bebedouros quebrados e catar pedras no feijão do RU será recusado o financiamento dessas ações. Pensa mesmoque não podemos aproveitar as tendas, a gráfica que a universidade tem e subverter os conteúdos politicos? sem que pra isso tenhamos que atear fogo no RU? Acha mesmo que a reitoria tem controle ideologico sobre os estudantes? com todo respeito a você, vc acha mesmo que eu, Vivi, Flavianny Tiemi, que moro no CPA ando de onibus, faço filosofia tenho reuniões as escondidas com a reitora para pegar financiamento e eles me dizem como agir? Talvez eu seja uma das poucas pessoas que desafiaram a instituição, a administração dizendo: nós vamos fazer, independente de vocês, mas estamos aqui apresentando um projeto que nós entendemos como interessante pra toda comunidade academica e externa e pra isso precisamos de investimento pra num ser mais uma ação de hippies, neo hippies e sim mostrar que estudantes são capacitados para planejar e executar ações que são de interesse público.
é isso..abs fraternos
FlaviannyTiemi